terça-feira, 11 de dezembro de 2012

9 H de Humidade







Humidade

Atrevo-me a mergulhar em teu corpo,
E sobre ele derramar como imparável cascata
um turbilhão de ternos beijos
e de suaves carícias.

Todos quantos versos rabiscam
em belas poesias ou meros relatos
de sensualidade, transbordantes,
ou de erotismos fátuos, plenos,
já o relataram em impúdicas denúncias.

É arte de macho mergulhar no corpo
da sua fêmea;
É dever de amante inundá-lo de beijos ternos
De incontáveis carícias. Mais de mil;
É obra da musa que o poeta o cante em verso.
Mas contrariando aquela que toda a pena conduz,
quiseram  no Olimpo deuses e nos céus Arcanjos
que eu fora melhor amante
que poeta de belas palavras redator.
Não quis Erato 
que eu soubesse descrever, feita poesia, quão ternos
os ósculos foram, qual imensidão era a do lago
que sobre ti derramava beijos, mas onde não cabiam
as carícias que fossem para lá de mil.

Mas quiseram Serafins, na sua infinita bondade
Que Afrodite te acompanhasse quando
o teu corpo hirtasse
teus mamilos entumecessem
teus pelos se eriçassem
teu coração explodisse
em lancinante, de prazer, gemido,
quando em quentes humidades
de férteis fluidos fosses, por
teu amante macho, inundada. 

1 comentário:

  1. Li e ouvi a SINFONIA do AMOR!

    Belíssimo poema , soberbamente ilustrado!

    Beijos.

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