sábado, 13 de julho de 2013

42. O de Obscenidade



Obscena

Siderado me quedo
Da indiferença do teu olhar,
Quando apenas para ti me peralvilho.

Palejante se me aparenta a face
Da prostituída expressão
Com que me reprovas.

Eu, que por ti, me reverbero
Nem um telegráfico olhar
Te já mereço.

É por isso que hoje quebro
O sigilo a que me encomendei

E te denuncio, obscena.

2 comentários:

  1. Atordoada fiquei com tão belo e intenso poema que legenda tão rara foto.

    Beijinhos.

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  2. Belíssima foto, Vitor! Quanto ao poema, não me cabe pronunciar... :)

    Beijocas!

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