terça-feira, 29 de janeiro de 2013

30. C de cornos



Cornos

Dizem que o pobre Manel
era um artista em marrada,
briga na rua ou bordel
ia tudo à cabeçada.

Força tinha no pescoço
cartava água à chinesa,
fazia-o já desde moço
e fazia-o com firmeza.

Só não gostava da alcunha
que lhe botaram miúdo,
o Tomás é testemunha,
chamavam-lhe cabeçudo

Tomás o melhor amigo
com o Manel a disputou.
Francelina, ai que castigo,
foi ao Manel que calhou.

Passados tempos então,
a Lina deu-se a Tomás
Manel com um cabeção
Foi-se a ele zás, catrapás.

Deu-lhe tamanha marrada
que se gritava, Ai Jesus.
E diz Francelina, pasmada
"Tu tens uns cornos de truz!"

4 comentários:

  1. Eheheh, fartei-me de rir com os versos! E também podia ser C de cow, se bem que suponha que a palavra não tem a mesma conotação que cá, em terras de sua majestade... :)

    Beijocas!

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  2. Teté, se fosse cow a Francelina teria de se chamar Camila e depois estragava-me a métrica.
    Beijinho.

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  3. Hummmmmm...como com uns simples "cornos" se compõe tão belo e humorístico poema!


    Adorei a foto!
    Não tiveste medo?

    Beijinhos.

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    Respostas
    1. Não Lisa. A vaca estava dentro de uma cerca. Se não, não me atreveria :)
      Beijinho.

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