Passagem
Procuro-te
na voraz passagem
E
perco-me em oceanos de segundos.
Porque
és tão cruel relógio do meu batimento
Oleado
e síncrono
Que
nunca te enganas sobre o teu cristal?
Fios
de prata desalinhados na minha melena,
Outrora
negra, testemunham-te, ponteiro.
Voraz
e cruel, porquê te rebatizar?
Nem
na caixa dos sinónimos, nem na bolsa dos adjetivos
Nem
por figuras de estilo te troco.
Voraz
e cruel, sim. Voraz e cruel.
E
no entanto, na minha rugosa pele,
Hepáticas
manchas epidérmicas,
Orgulham-se
de ti.
Só
tu, tempo, só tu, voraz sepulcro de instantes,
Só
tu, cruel relicário de momentos,
Só
tu és a passagem onde me perco
À
procura do inatingível retorno.
Que maravilha de foto e poema!
ResponderEliminarA passagem para o mistério...
O candeeiro foi tirado em Madrid.
Beijos.
Essa é uma passagem nebulosa... mas a foto está gira! :)
ResponderEliminarBeijocas!