Nau
Navego
em turbulentas águas
Revoltas
nos elos do meu cérebro.
É
um emaranhado fluido de ideias vagas,
Não,
não são vagas as vagas que o inundam.
Se
me faço ao mar afogo-me em presságios
Que
melancolicamente percorrem a rosa-dos-ventos.
Se
me fico pelo cais temo a vaga que se agiganta,
Não,
não são vagas as vagas onde balanço.
Desfaço-me
confuso na escuma de milhões de gotas
Já
me escasseia o oxigénio que clareia o marujar.
E
de nordeste cresce a imponente vaga,
Não,
não são vagas as vagas do meu tsunami.
E
nem a Nau que a porto me aporte, me aportará
Se
a estibordo não há estrelas e bombordo não enxergo.
Então
desfaleço na imensidão perpétua da cruel vaga.
Ah!
Como não são vagas, as vagas que me aproam.
Que bela surpresa Vítor! Fiquei encantada e vou seguir. Além das fotos lindas há os poemas que encantam com a seu natural dom para a escrita.
ResponderEliminarMuito bom, Vitor.
ResponderEliminarAbraço :)
Sublime!
ResponderEliminarUm post de luxo. Foto e poema em total sintonia.
Beijinhos.
Bela imagem e a reflexão muito interessante.
ResponderEliminarParabéns pelo seu blogue
Paula Borges